terça-feira, 20 de maio de 2014

Um Problema p. 155 – 8º ano

A conjuração Mineira é a revolta mais conhecida nas Minas Gerais do século XVIII. Porém, ela não foi a única a ocorrer no período.

“A palavra ‘inconfidência’ significa traição ao rei. [...] No entanto, seu significado era um pouco oscilante. Podia se referir a uma verdadeira trama subversiva ou ao hábito [...] de proferir blasfêmias e impropérios contra o monarca. É que o rei no período, D. José I, viu-se bastante contestado pelos seus súditos mineiros, principalmente depois que o marquês de Pombal comandou a expulsão dos jesuítas [...].
A decisão provocou a eclosão de várias inconfidências em Minas, com abertura de processos e punição dos culpados. [...] A primeira  das Inconfidências Pombalinas aconteceu em Curvelo (1760 -1763), a segunda, em Mariana (1768), de
pois em Sabará (1775) e novamente em Curvelo (1776).
Ao contrário da Conjuração Mineira de 1789 [...], nas inconfidências de Curvelo, Mariana e Sabará não era intenção dos envolvidos romper os laços com a metrópole. Todos surgiram da insatisfação com o enfrentamento entre o marquês de Pombal e a Companhia de Jesus, que culminaria na expulsão dessa ordem religiosa dos domínios portugueses. [...] O rei português, D, José I, e seu ministro Pombal foram ferozmente atacados por meio de ‘papeis sediosos’ brados, conversações e burburinhos que continham violentos insultos ao rei e ao marquês. [...]
Segundo apurações da Coroa, os responsáveis eram ex-jesuítas ‘encobertos’ sob outras identidades [...]. ex-alunos. Partidários, ou, simplesmente admiradores da Companhia de Jesus que não aceitavam as determinações do ministro Pombal [...] Pombal, por sua vez, procurou combater a Companhia de Jesus com as armas de que dispunha. Patrocinou e difundiu um vasto material antijesuítico não só em seus domínios, mas em toda a Europa. Estabeleceu uma política repressora, prendendo aqui e ali alguns ‘encobertos’ e seus comparsas. [...]
Mais do que um protesto contra a expulsão dos jesuítas, as inconfidências do período pombalino revelam a cisão entre os poderosos locais. [...] As revoltas expõem o alto preço pago pela Coroa por suas medidas impopulares [...] e o desgaste sofrido pela imagem do rei na América portuguesa.”
CATÃO, Leonardo Pena. Mania de inconfidência.
Livro didático Projeto Araribá, 3º Ed. P. 155

Questões
1.      Segundo o texto, quais são os significados da palavra “inconfidência”?  
Segundo o autor, a palavra “inconfidência” podia significar traição ao rei, ou ainda, uma trama subversiva ou o hábito de proferir blasfêmias e impropérios contra o monarca.
2.      Aponte as diferenças entre a Conjuração Mineira de 1789 e as outras inconfidências citadas pelo autor. Ao contrário da Conjuração Mineira de 1789, as outras inconfidências citadas pelo autor não tinham a intenção de romper definitivamente os laços com a metrópole. As inconfidências de Curvelo, Mariana, Sabará surgiram da insatisfação dos envolvidos com o marquês de Pombal e com o manarca português D. José I, devido à política de repressão que estes mantinham em relação à companhia de Jesus.

3.      O que as inconfidências mineiras da segunda metade dos século XVIII revelam? As inconfidências mineiras da segunda metade dos século XVIII revelam, além de um protesto contra a expulsão dos jesuítas, uma cisão entre os poderosos locais. Essas revoltas expuseram o alto preço que a Coroa pagou por suas medidas pouco populares e o desgaste da imagem do rei na América portuguesa.

domingo, 18 de maio de 2014

Atividades p. 164 – 7º ano

Organizar o conhecimento
1.     Elabore questões que tenham como respostas as palavras da cruzadinha





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Sugestão de respostas
a.     Nome que se da ao conjunto de medidas econômicas adotadas pelas monarquias nacionais européias aproximadamente entre os séculos XV e XVIII?
b.     Como se chama as terras do oriente, onde os europeus encontravam especiarias?
c.      Que território foi explorado por Alonso Ojeda e Juan La Costa?
d.     Como se chama o princípio mercantilista que visava o acúmulo de ouro e prata?
e.     Qual é o nome de primeiro navegador português que chegou a calicute, na Índia?
f.       Como se chama o conjunto de temperos vindos do oriente que forneciam muito lucros aos comerciantes?
g.      Como se chama os seguidores do islã?
h.     Que navegador, navegando pelo ocidente, chegou pela primeira vez ao continente americano?
i.       Como se chama o regime de governo em que o rei concentra muito poder em suas mãos?

2.     Copie o quadro comparativo no caderno e complete-o


Expansão marítima portuguesa
Expansão marítima espanhola
Quando Começou
1415
1492
Objetivo
Obter lucros comerciais, encontrar um caminho marítimo para as Índias e expandir a fé cristã
Obter lucros comerciais, encontrar um caminho marítimo para as Índias e expandir a fé cristã
Rota para atingir as Índias
Rota do Oriente
Rota do Ocidente
Principais viagens
Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral
Cristovão Colombo, Fernão de Magalhães
Conquistas realizadas
Entrepostos comerciais  e colônias na costa da África, Índia e Brasil
Ilhas do caribe, grande parte da América circunavegação da Terra.


Aplicar
3.     Leia o texto a seguir para responder às questões
“Os portugueses e os espanhóis tiveram precursores (mais ou menos isolados) na conquistas dos oceanos Atlântico e pacífico, mas os esforços desses aventureiros notáveis não alteraram o curso da história do mundo. [...] Somente depois de os portugueses terem contornado a costa ocidental da África, dobrado o cabo da Boa Esperança, atravessado o Oceano Índico e de terem se fixado nas Ilhas das especiarias da Indonésia e na costa do mar do sul da China; somente depois de os espanhóis terem atingido o mesmo objetivo através da patagônia, o Oceano Pacífico e das Filipinas é então só então, teve início a ligação marítima e duradoura entre os quatro continentes.”
BOXER, Charles R. O império português, 1414-1825.
Livro didático Projeto Araribá – 3ª Ed. P. 165
a.     Por que, para o autor, as viagens portuguesas e espanholas se diferenciaram das de seus antecessores? Segundo ao autor, as viagens portuguesas e espanholas alteraram o curso da história do mundo ao estabelecer uma ligação marítima regular e duradoura entre os quatro continentes.
b.     O que significa dizer que as viagens portuguesas e espanholas estabeleceram “uma ligação marítima regular e duradoura entre os quatro continentes? Antes das viagens oceânicas promovidas pelos países ibéricos,os contatos entre os continentes, embora existissem (à exceção da América e Oceania), não eram sistemáticos. A partir do século XV, com as grandes viagens marítimas e o processo de colonização criou-se um mercado mundial, acompanhado de uma integração cultural que alterou a história de todos os povos. Em outras palavras, as viagens portuguesas e espanholas inauguraram o processo de globalização.

c.      Na sua opinião, o mundo em que vivemos hoje confirma a tese defendida pelo autor? Justifique.  Sim. A sociedade em que vivemos hoje é resultado das mudanças que as viagens oceânicas promoveram no curso da história. O predomínio do cristianismo no Ocidente; a assimilação das línguas modernas por povos da América, África e Oceania; a expansão do sistema capitalista; o grande intercâmbio alimentar entre os continentes; e a grande heterogeneidade étnica das populações são exemplos que demonstram o papel transformador das viagens ibéricas na história mundial.